"Com Que Voz" o melhor de Amália, poema do grande poeta Luís Vaz de Camões.
A Saudade pode ser dita em qualquer língua. Não consegue é ser expressa com a mesma intensidade com que se diz em português. Em nenhuma outra língua alguém “está com saudade de” alguém. Esta construção, sim, é que nos é orgulhosamente própria, em outras línguas, "estar com saudade" não vai além de sentir uma tristeza, uma sensação de perda, de ausência, de falta, um desejo frustrado.
Nós portugueses, somos especialistas em Saudade. A nós, ninguém a ensina, Saudade não se aprende, canta-se. E para cantar é preciso sofrer, quando se canta “a dôr ferina nos ensina a sorrir e amar”. “Só na dôr se aprende a crer e amar” . Na pedagogia da dôr, crer e sorrir são momentos da mesma essência: nada mais próprio da verdadeira crença do que a pureza do riso. E só se sofre de ausência, mãe da dôr e da Saudade, mãe de tudo e de todos.
O fado representa a identidade do povo português.
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